Iconografia do Padre Pinto em Messejana

 

 

 

 

Após recente Restauro da Matriz de Messejana - com apoio do Grupo Edson Queiroz, Nacional Gás e Hipercor, quando comemoramos 406 anos de Evangelização e História de Messejana, agora Messejana está prestes a receber a Iconografia do Padre Francisco Pinto (século XVII) que virá de Salvador. Dom Geraldo Coelho de Almeida - Diretor do Conselho Histórico da Bahia (COHIBA. Entidade secular que guarda o legado dos Jesuítas no Brasil) traz a Relíquia para ser doada e instalada na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Messejana.

O Ato Litúrgico deverá acontecer no próximo domingo dia 20 de outubro - DIA DAS MISSÕES, em Missa celebrada as 19:00 horas.

(Adauto Leitão)

 

A iconografia do missionário jesuíta Padre Francisco Pinto será doada a Matriz de Messejana pelo Conselho Histórico da Bahia, entidade que guarda a memória dos jesuítas no Brasil, e no caso, o atual diretor Padre Geraldo Coelho de Almeida-SJ traz em mãos a imagem secular, além de alguns documentos sobre a passagem da pioneira missão jesuítica no Ceará. A entrega acontece neste domingo 20 de Outubro, considerado liturgicamente o Dia das Missões; e será celebrado às 19 horas na Matriz de Messejana. Não por acaso, durante a missão do Padre Pinto foi fundada a antiga Aldeia Paupina, hoje o bairro de Messejana. Da primitiva ermida na aldeia, onde foi enterrado o Padre Pinto, o local que expandiu a evangelização católica é a atual Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Messejana.

 

O acervo a ser doado é considerável à nível de historicidade do período colonial, pois representa a possibilidade de visualizar in loco a imagem do pioneiro missionário no Ceará do século XVII. Além de possibilitar um maior  conhecimento sobre a fundação da Aldeia Paupina pelos índios Potiguares e as relações com a missão jesuítica. O termo “Paupina” vem da composição em língua tupi de “Pai-Pina”, o que vem a ser o modo particular como os nativos chamava o Padre Pinto. Em 2013, comemora-se 406 anos de fundação do aldeamento (8 de março de 1607).

 

A veneração do Padre Pinto foi algo marcante pelos nativos. Não obstante o martírio sofrido na serra da Ibiapaba (11 de janeiro de 1608). O seu corpo retornou a Aldeia Paupina onde foi sepultado definitivamente, recebendo os cuidados dos potiguares que jamais permitiram a saída de seus despojos do lugar que consideravam sagrado. Inúteis foram as tentativas de trasladar ao menos uma parte do corpo, consideradas uma relíquias, que seria levado ao Colégio Jesuítico de Salvador, sede da Província.

 

A vinda do Padre Geraldo Almeida para o ato em Messejana representa uma especial deferência a figura missionária do Padre Pinto que compõem um quadro seleto de outros expoentes históricos da Companhia de Jesus no Brasil, a exemplo do Padre Anchieta, Padre José da Nóbrega, Padre Antônio Vieira e o Padre Luiz Figueira, que foi seu colega da missão do Ceará. A galeria que retrata os personagens marcantes da história jesuítica está exposta na Catedral de Salvador.

Fortaleza recebe uma imagem que suscita uma reflexão sobre o legado dos jesuítas para a sua construção histórica. A referência resgatada é uma memória que dignifica a capital e faz saber que possui mais de quatro séculos; qualificando-a como uma das mais importantes do Brasil. Neste mosaico que compõem a riqueza desta metrópole, Messejana é parte significativa!

 

 

 



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