Distorção da autoimagem Corporal 

 

Especialista explica sobre a distorção da autoimagem e a busca pelo corpo perfeito

 

Hoje, muito se fala em moda Fitness, e isso envolve um mercado muito abrangente, que é o de roupas para academia, suplementos, tênis, até garrafa de água entra na moda. Muito se fala na busca do corpo perfeito... Mas, o que é o corpo perfeito?

 

É muito fácil falarmos que estamos buscando o corpo perfeito, mas, muitas vezes, sequer sabemos qual de fato é a nossa busca, o nosso real objetivo. Ideal de corpo perfeito é o daquela pessoa que você segue na rede social, que tem muitos seguidores e uma legião de comentários cheios de elogio? Então, vamos falar de algo muito mais sério: o que você vê quando se olha no espelho?

 

 

 

Já recebi inúmeras perguntas a respeito do tema, pessoas que falam que não conseguem alcançar seus objetivos, que, basicamente, são: peso ideal, corpo ideal, músculos, aparência, dentre tantos outros fatores que envolvem a autoimagem. Poucas vezes me abordam perguntando sobre qual o equilíbrio entre “mente sã e corpo são”, o que isso quer dizer? Que hoje, com a pressão desse novo mundo Fitness, as pessoas estão esquecendo-se de cuidar da parte de dentro.

 

Antes de buscar o corpo perfeito, existe um histórico de vida. Dentro deste “histórico” existe uma composição de fatores, como: genética, limitações, biotipo, etc. Ou seja, algumas pessoas ficam incessantemente buscando o corpo que julgam perfeito, ou porque viu numa rede social, ou porque alguém comentou, e esquecem que cada pessoa possui um organismo, uma forma de corresponder às reações de medicamentos, e que não existem corpos e nem pessoas iguais. Por isso, quando se olham no espelho, nunca estão satisfeitas com o que enxergam ali. E a busca não pára. Porque, na maioria das vezes, não olham para o que alcançaram, olham para o que estão buscando. E isso afeta, inclusive, a saúde. Vale ressaltar que “corpo perfeito” não é sinônimo de saúde!

 

O mais importante de todos estes pontos levantados, é que, simplesmente, não existe padrão de beleza. Não existe o cabelo ideal, o formato de unha ideal, o corpo ideal. Simplesmente, não existe. O que existe são “idéias” do que pode ser ideal, mas idéias vagas e infundadas. Afinal, cada pessoa nasceu de uma família com genes completamente diferentes, um bom exemplo são irmãos gêmeos: nem mesmo eles são iguais em termos de organismo e metabolismo. Hoje, com a febre de redes sociais, as pessoas se esqueceram de olhar para dentro. Para o que sentem, para o que de fato querem, perderam até suas próprias opiniões sobre o que de fato considera bonito ou não.

 

Para aquelas pessoas que são fissuradas num ideal de corpo, é recomendado que busquem (e até deem prioridade) para um auxílio psicológico. Entender sobre o que de fato querem, recuperar seus próprios ideais e formas de enxergar este mundo, até mesmo de se conhecerem, saberem quais são seus próprios padrões e limites, o que pode ser melhorado – porque, é claro, exercícios físicos e alimentação saudável são fundamentais para qualquer pessoa – mas não deixarem suas essências escaparem pelos dedos. Nossa essência, o que de fato somos, ninguém pode mudar, alterar, e cada um tem sua própria beleza.

 

Vale lembrar que se a pessoa tem essa fissura por um corpo perfeito, nunca está satisfeito com o que vê quando se olha no espelho, quer sempre mais e mais, não necessariamente esquadra-se numa doença. Isso pode ser ocasionado por uma baixa autoestima, e até mesmo sintomas de inferioridade. O auxílio de um profissional poderá ser fundamental para que este quadro se reverta.

 

 

Fonte – Mais Equilíbrio

 



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