Como envelhecer bem?

Pesquisa revela impacto de finanças, saúde mental e até amizades na longevidade! 

O Indicador de Longevidade Pessoal (ILP), lançado nesta semana, analisa fatores como saúde física, mental e financeira. Além do estilo de vida, relações interpessoais interferem no alcance de uma longevidade saudável, segundo a pesquisa.

O seu estilo de vida tem contribuído para uma velhice ativa? Se pudesse dar a ele uma nota de 0 a 100, qual seria? Uma pesquisa divulgada neste mês avaliou os hábitos e atitudes de brasileiros sobre envelhecer – e mostrou que saúde mental e finanças são os principais obstáculos para chegar bem à terceira idade.

O estudo analisou 1.058 pessoas de todas as regiões do Brasil, entre 6 e 13 de março de 2024, por meio do Indicador de Longevidade Pessoal (ILP): uma ferramenta que faz um “raio-x” dos aspectos que interferem no alcance de uma vida mais longa e com qualidade, por meio de perguntas respondidas pelos próprios usuários.

O ILP fornece uma espécie de “nota da longevidade” (veja como descobrir a sua, ao final desta publicação), de 0 a 100, e é composto por seis áreas da vida:

Atitudes em relação à longevidade (20 pontos): conhecimento do conceito, importância atribuída à longevidade, aprendizagem e etarismo internalizado;


Saúde física (20 pontos): hábitos alimentares, prática de atividade física, consumo de álcool, tabagismo, qualidade do sono e da saúde;

Saúde mental (20 pontos): desfrutar a vida, lazer, sentimentos negativos autoestima, concentração nas tarefas cotidianas;

Interações sociais e meio ambiente (20 pontos): relações pessoais, apoio social, crenças, vida sexual e ambiente;

Cuidados de saúde e prevenção (10 pontos): satisfação com acesso a serviços de saúde, atitude de prevenção e cuidados preventivos;

Finanças (10 pontos): metas financeiras, controle de gastos, endividamento e planejamento para aposentadoria.

O indicador foi desenvolvido e aplicado entre os brasileiros pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a Bradesco Seguros. Os resultados foram divulgados nesta semana, durante o XVII Fórum da Longevidade, em São Paulo (SP).

Jovens não estão preparados

Um dos principais achados do indicador é, na verdade, um alerta: a expectativa de vida no Brasil aumentou, mas os jovens não estão prontos para viver mais. Eles obtiveram as menores pontuações no ILP em questões de saúde mental, relações sociais e prevenção em saúde.

Um a cada cinco entre os mais novos não está satisfeito com o apoio que recebe de amigos, por exemplo, e mais da metade só buscam atendimento médico quando têm algum problema de saúde – e não de forma preventiva.

Os mais velhos, por outro lado, “têm pontuação mais alta em atitudes relacionadas à longevidade (72), e apresentam nota maior que a média em finanças (51), saúde mental (61), interações sociais e meio ambiente (65) e cuidados de saúde e prevenção (69)”, segundo aborda o estudo.


Fonte – Diário do Nordeste



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